sexta-feira, 18 de março de 2011
O cânon do Antigo Testamento: séculos II e III
Para lá do que pode inferir-se com base no uso de determinados livros, o primeiro
autor cristão cuja opinião explícita do cânon do AT se conservou (graças a Eusébio
de Cesareia) é Melitão, bispo de Sardes na Ásia Menor (m. cerca de 190). Na sua
carta a Onésimo dá um «catálogo dos escritos admitidos do Antigo
Testamento» que corresponde essencialmente ao cânon hebreu, apenas com a
omissão de Ester (Eusébio, História Eclesiástica IV, 26:12-14).
Um catálogo similar e provavelmente contemporâneo (século II), mas com o
acréscimo de Ester, foi achado em 1875 no mesmo manuscrito em que se achou a
Didaquê, ou Doutrina dos Doze Apóstolos, um dos mais antigos documentos
cristãos extra-canónicos.
Em meados do seguinte século, o destacado erudito bíblico Orígenes de Alexandria,
que pode considerar-se com justiça o pai da crítica textual, afirmava: «Não se deve
ignorar que os livros testamentários, tal como os transmitiram os hebreus, são
vinte e dois, tantos como o número de letras que há entre eles». Orígenes dá
depois uma lista de tais livros que correspondem quase exactamente ao cânon
hebreu excepto pelo acréscimo da «carta de Jeremias»; como parte do
livro canónico do mesmo nome, e pela omissão dos Profetas menores (Eusébio,
História Eclesiástica VI, 25:1-2). Este último é seguramente um deslize original ou
de transcrição, já que o total referido é de 21 e a canonicidade de dito livro – os
Doze Profetas Menores - nunca esteve em dúvida. Diz Orígenes explicitamente que
os livros de Macabeus estão «aparte destes». Há que reconhecer, no entanto, que
na prática, Orígenes se negou a excluir totalmente os apócrifos, porque se os usava
na Igreja, como ele mesmo o explica na sua Carta a Júlio Africano.
II . O cânon do Antigo Testamento: séculos IV e V
Uma evidência da «fluidez» do cânon do AT naquele tempo, no que aos livros
Eclesiásticos diz respeito, está indicada pelos mais antigos códices existentes: o
Sinaítico e o Vaticano, ambos do século IV, e o Alexandrino, do seguinte século.
Estes manuscritos que são cristãos, incluem o AT grego da Septuaginta, a tradução
judia alexandrina pré-cristã, mas (além de perdas acidentais) diferem nos livros
apócrifos/deuterocanónicos incluídos. O Sinaítico inclui, além de Tobite, Judite, 1
Macabeus, Sabedoria de Salomão e Eclesiástico (Sirá), 4 Macabeus (que nunca foi
tido por canónico), enquanto exclui 2 Macabeus e Baruc. O códice Vaticano
exclui todos os livros de Macabeus; pelo contrário, o Alexandrino inclui os
quatro livros de Macabeus. Em outras palavras, nos manuscritos às vezes faltam
livros tidos hoje por canónicos pela Igreja de Roma, e noutras ocasiões se incluem
livros cuja canonicidade rejeita a citada Igreja.
Atanásio, bispo de Alexandria e campeão da ortodoxia nicena, na sua carta pascal
39ª de 367 dá aos bispos africanos uma lista de livros do AT similar à hebreia, com
a diferença de que inclui Baruc e a Carta de Jeremias e omite Ester. A lista é
parecida à de Orígenes, ainda que ponha Rute separado de Juízes. Diz Atanásio:
"Mas para maior exactidão devo ... acrescentar isto: há outros livros fora destes,
que não estão certamente incluídos no cânon, mas que foram desde o tempo dos
padres dispostos para ser lidos aos que são recém-convertidos à nossa comunhão e
desejam ser instruídos na palavra da verdadeira religião. Estes são a Sabedoria de
Salomão, a Sabedoria de Sirá [Eclesiástico], Ester, Judite e Tobite ... Mas enquanto
os primeiros estão incluídos no cânon e estes últimos se lêem [na igreja], não se
deve fazer menção aos livros apócrifos. São a invenção de hereges que escrevem
segundo a sua própria vontade ..."
Nicene and Post-Nicene Fathers, 2nd Series (= NPNF2), 4:551-552
Como pode ver-se, Atanásio tornou explícito o que Orígenes fez na prática:
reconhecer essencialmente o cânon hebreu, enquanto admitia a existência de
livros que, embora fora do cânon, tinham valor para a instrução. Por outro lado,
aqueles que ele chama apócrifos são obra de hereges e devem ser excluídos.
Quatro anos antes de Atanásio escrever esta carta houve um sínodo em Laodiceia,
em cujo cânon 59 se estabelecia que nas Igrejas deviam ser lidos apenas os livros
canónicos dos Testamentos Antigo e Novo. O cânon 60 dá uma lista essencialmente
igual à de Atanásio, mas inclui o livro de Ester (NPNF2 14:158-159). É possível que
este cânon 60 seja uma adição posterior.
Cirilo, bispo de Jerusalém entre 348 e 386, segue basicamente a opinião de
Orígenes, mas inclui Baruc (NPNF2, 7:27).
Gregório Nacianceno (330-390) dá uma lista de livros canónicos em verso, onde
reconhece vinte e dois livros; omite Ester (Hino 1.1.72.31). Anfilóquio, bispo de
Icónio (m. cerca de 394) dá uma lista igual à de Gregório, mas acrescenta:
«Juntamente com estes, alguns incluem Ester».
Epifánio, bispo de Salamis em Chipre (315-403) dá uma lista de 22 livros similar à
anónima do século II mencionada mais acima (Sobre pesos e medidas, 23). Em
outro lado, acrescenta como apêndice a uma lista de livros do Novo Testamento a
Sabedoria de Salomão e a de Sirá (Panarion 76:5).
Jerónimo (346-420) foi secretário do bispo de Roma, Dámaso, entre 382 e 384. Por
pedido de Dámaso, começou a rever os Salmos e os Evangelhos (ou quiçá todo o
Novo Testamento) da versão bíblica chamada Latina Antiga. Depois da morte de
Dámaso, em 384, começou uma peregrinação até que se estabeleceu em Belém
(Palestina) em 386. Aí prosseguiu a sua tarefa. Começou com uma nova revisão do
Saltério em latim conforme à Septuaginta (LXX). No entanto, rapidamente se
convenceu de que devia trabalhar a partir do texto hebreu. A sua obra de tradução
do AT foi completada em 405. Ao que parece não planeava incluir os
apócrifos/deuterocanónicos mas mais tarde cedeu ao uso prevalecente
(eclesiástico) e realizou uma tradução de Tobite e Judite «do arameu»; o resto dos
apócrifos/deuterocanónicos não foi traduzido por ele, mas acrescentado por outros
tal como se achavam na Latina Antiga. Não é verdade que os incluísse por ordem
de Dámaso, que já estava morto há mais de 20 anos quando Jerónimo completou o
seu trabalho.
Jerónimo enumera o cânon hebreu palestino exactamente, e dá conta da
dupla numeração como 24 ou 22, segundo se Rute e Lamentações se contassem
por separado ou agregados, respectivamente, a Juízes e Jeremias. Depois escreve:
"Este prólogo às Escrituras pode servir como um prefácio com elmo [galeatus] para
todos os livros que vertemos do hebreu para o latim, para que possamos saber –
os meus leitores tanto como eu mesmo - que qualquer [livro] que esteja para lá
destes deve ser reconhecido entre os apócrifos. Portanto, a Sabedoria de Salomão,
como se a titula comummente, e o livro do Filho de Sirá [Eclesiástico] e Judite e
Tobias e o Pastor não estão no Cânon."
Jerónimo traçou a diferença entre os livros canónicos e os eclesiásticos como se
segue:
"Como a Igreja lê os livros de Judite e Tobite e Macabeus, mas não os recebe entre
as Escrituras canónicas, assim também lê Sabedoria e Eclesiástico para a edificação
do povo, não como autoridade para a confirmação da doutrina."
De igual modo, sublinhou que as adições a Ester, Daniel e Jeremias (o livro de
Baruc) não tinham lugar entre as Escrituras canónicas.
Agostinho (354-430), bispo de Hipona, foi o grande autor cristão quase
contemporâneo de Jerónimo. Agostinho possuía uma bagagem teológica que
faltava a Jerónimo, mas em compensação este tinha um sentido crítico bíblico
muito mais desenvolvido. Embora Agostinho reconhecesse a importância das
línguas originais, não sabia hebreu, e instou na sua correspondência com Jerónimo
a que este realizasse a sua nova versão a partir da Septuaginta. Dá uma lista do
cânon do Antigo e Novo Testamentos em Sobre a Doutrina Cristã 2 (8):13, no qual
inclui os apócrifos/deuterocanónicos. No entanto, em outras ocasiões Agostinho
demonstra estar consciente da distinção entre o cânon e o uso eclesiástico:
Desde o tempo da restauração do templo entre os judeus já não houve reis, mas
príncipes, até Aristóbulo. O cálculo do tempo destes não se encontra nas Santas
Escrituras chamadas canónicas, mas em outros escritos, entre os quais estão os
livros dos Macabeus, que não têm por canónicos os judeus, mas a Igreja...
A Cidade de Deus, XVIII:36
No entanto, como outros autores cristãos antes dele, na prática a distinção era
frequentemente esquecida.
Concílios africanos. Estes realizaram-se em finais do século IV e princípios do V, e a
autoridade de Agostinho parece ter sido decisiva. Não há documentos do Concílio
de Hipona de 393, mas outro sínodo em Cartago (397) reafirma a lista de livros do
AT e NT, este último tal como hoje o conhecemos (uma lista igual havia sido dada
30 anos antes por Atanásio na sua Carta Pascal), e o AT com os livros Eclesiásticos,
incluído 1 Esdras (= 3 Esdras no Apêndice da Vulgata), que não forma parte do
Cânon de Trento. A decisão foi ratificada no sexto Concílio de Cartago de 419. Não
figuram as distinções que tinha indicado Agostinho (e outros antes dele).
O bispo de Roma Inocêncio I, numa carta ao bispo de Tolosa, Exupério, dá em 405
uma lista de livros do AT que inclui os apócrifos/deuterocanónicos (com 1 Esdras).
Rufino, contemporâneo de Jerónimo, no seu Comentário ao Credo dos Apóstolos dá
depois do Concílio de Cartago de 397 uma lista de livros do AT que corresponde
exactamente ao cânon hebreu. Depois precisa:
Mas devia saber-se que há também outros livros que nossos padres não chamam
canónicos, mas eclesiásticos, ou seja, Sabedoria, chamado Sabedoria de Salomão,
e outra Sabedoria, chamada a Sabedoria do filho de Sirá, o último dos quais os
latinos chamam pelo título geral de Eclesiástico ...
Ao mesmo tipo pertencem o livro de Tobite, e o livro de Judite, e os livros dos
Macabeus ... todos os quais se leram nas Igrejas, mas não se apela a eles para a
confirmação da doutrina. Aos outros escritos lhes chamaram «Apócrifos»;. Estes
não admitiram que se leiam nas Igrejas.
(NPNF2 3:558)
Atribui-se a Gelásio, bispo de Roma (492-496) um decreto acerca dos livros que
devem ser recebidos e dos que não devem ser recebidos, que segundo alguns
manuscritos é atribuído ao papa Dámaso; no entanto, o tal Decreto parece ser uma
compilação realizada em Itália no século VI.
III. O cânon do Antigo Testamento: séculos VI e VII
Um século mais tarde Gregório Magno, bispo de Roma (590-604) continuava a
insistir na distinção entre livros canónicos e eclesiásticos:
Em relação a tal particular não estamos a actuar irregularmente, se dos livros,
ainda que não canónicos, no entanto outorgados para a edificação da Igreja,
extraímos testemunho. Assim, Eleázar na batalha feriu e derribou o elefante, mas
caiu debaixo da própria besta que tinha matado [1 Macabeus 6:46].
Library of the Fathers of the Holy Catholic Church, 2:424; negrito acrescentado.
Que a questão do cânon do AT não estava resolvida, nem de longe, o confirma não
só Gregório Magno, mas outros bispos como os africanos Jumilius e Primasius
(seguem Jerónimo), Anastácio de Antioquia e Leôncio, que reconhecem o cânon
hebreu.
Sexto Concílio Ecuménico. No sínodo de Constantinopla, chamado Trulano, reunido
em 692 como uma espécie de continuação do Sexto Concílio Ecuménico, Terceiro
de Constantinopla (680-681) se ratificaram os cânones dos Concílios anteriores,
incluindo o de Cartago. Com isto poderia pensar-se que implicitamente se
ratificou o cânon do AT ali determinado. No entanto, no mesmo documento os
bispos conciliares também ratificavam os «cânones» (cartas decretais) de
Atanásio, Gregório Nacianceno e Anfilóquio, os quais, como vimos, defendiam
um cânon virtualmente igual ao hebreu (NPNF2 14:361). De modo que não fica
clara a posição destes bispos do VI Concílio Ecuménico acerca do cânon do AT; é
possível que eles mesmos não tivessem uma posição uniforme.
No mesmo século João de Damasco (aprox. 675-749), na sua Exposição da Fé
Ortodoxa (4:18) defende também o cânon hebreu, o qual explica com certo
detalhe, e acrescenta:
Está também o Panaretus, isto é, a Sabedoria de Salomão, e a Sabedoria de Jesus,
publicada em hebreu pelo pai de Sirá [=Eclesiástico] e posteriormente traduzido
para o grego por seu neto, Jesus filho de Sirá. Estes são virtuosos e nobres, mas
não são contados nem foram depositados na arca.
(NPNF2 9:89-90)
IV. O Cânon do Antigo Testamento: Curso Posterior
Poderiam citar-se muitos outros autores entre os séculos IX e XV que sustiveram
explicitamente o cânon hebreu e respeitaram a distinção traçada por Jerónimo. Por
exemplo, Beda, Alcuíno, Nicéforo de Constantinopla, Rábano Mauro, Agobardo de
Lyon, Pedro Maurício, Hugo e Ricardo de São Vítor, Pedro Comestor, João
Belet, João de Salisbury, o anónimo autor da Glossa Ordinaria, João de Columna,
arcebispo de Messina, Nicolau de Lira, William Occam, Afonso Tostado, bispo de
Ávila, e o Cardeal Francisco Ximenes de Cisneros (editor da famosa Poliglota
Complutense, o maior monumento à erudição bíblica católica do século XVI). A
posição deste último era a seguinte:
O cardeal Ximénez de Cisneros produz em Espanha a sua monumental Bíblia
poliglota chamada Complutense (1514–1517), com o texto latino da Vulgata no
centro, o grego da Septuaginta de um lado e o hebreu massorético do outro, que
representam respectivamente a Igreja Grega e a Sinagoga, e diz que o texto latino
se imprime no meio «como Jesus foi crucificado entre dois ladrões». Mas quanto
aos deuterocanónicos, que estão incluídos na Complutense, explica no seu Prefácio
que são recebidos pela Igreja para edificação, mas não para fundamentar
doutrinas, pelo que se vê que o ditame de São Jerónimo continua ainda em
vigência.
(Gonzalo Báez-Camargo, Breve historia del Canon bíblico , 1980, p. 56; negrito acrescentado)
Duas importantes autoridades sobre a Bíblia, nessa mesma época, são Erasmo de
Roterdão, o eminente humanista, e o cardeal Caetano. Erasmo dá a lista do cânon
hebreu omitindo Ester. E dos deuterocanónicos, entre os quais coloca este livro,
sem dúvida porque está considerando-o no seu texto grego (com adições) e não no
hebreu, diz que «foram recebidos para o uso eclesiástico», mas que
"seguramente (a Igreja) não deseja que Judite, Tobite e Sabedoria tenham o
mesmo peso que o Pentateuco".
Eis aqui como resume a situação no Ocidente um autor católico:
Na Igreja latina, através de toda a Idade Média achamos evidência de hesitação
acerca do carácter dos deuterocanónicos. Há uma corrente amistosa para com eles,
outra distintamente desfavorável para com a sua autoridade e sacralidade,
enquanto oscilando entre ambas há um número de escritores cuja veneração por
estes livros é temperada por certa perplexidade acerca da sua posição exacta, e
entre eles encontramos São Tomás de Aquino. Encontram-se poucos que
reconheçam inequivocamente a sua canonicidade. A atitude prevalecente dos
autores ocidentais medievais é substancialmente a dos Padres gregos.
(George J. Reid, Canon of the Old Testament, em The Catholic Encyclopedia ,1913; negrito acrescentado)
O peso da evidência indica que por muito tempo existiu uma distinção entre
os livros canónicos (basicamente o cânon hebreu) e os eclesiásticos, que
correspondem aos apócrifos/deuterocanónicos. Lamentavelmente, a
nomenclatura nos autores antigos não é uniforme, e assim o próprio Jerónimo
chama «apócrifos» aos Eclesiásticos; mas às vezes reserva tal apelativo para os
livros heréticos. De igual modo, havia confusão acerca do termo «canónico» que
em sentido estrito costumava reservar-se para os livros considerados inspirados e
santos de maneira singular, mas que com frequência se referia a toda a colecção,
incluindo os eclesiásticos. Este problema foi notado pelo Cardeal Tomás de Vio
(Caetano):
Aqui concluímos nossos comentários sobre os livros históricos do Antigo
Testamento. Pois o resto (isto é, Judite, Tobite, e os livros de Macabeus) são
contados por Jerónimo fora dos livros canónicos. E são postos entre os apócrifos.
Juntamente com Sabedoria e Eclesiástico, como é evidente do Prólogo com Elmo. E
não te preocupes, como um erudito principiante, se acharem em qualquer lado,
seja nos sagrados concílios ou nos sagrados doutores, estes livros reconhecidos
como canónicos. Pois as palavras tanto dos concílios como dos doutores devem ser
reduzidas à correcção de Jerónimo. Ora, segundo o seu juízo, na carta aos bispos
Cromácio e Heliodoro, estes livros (e quaisquer outros como eles no cânon da
Bíblia) não são canónicos, isto é, não são da natureza de uma regra para confirmar
assuntos de fé. Contudo, eles podem ser chamados canónicos, isto é, da natureza
de uma regra para a edificação dos fiéis, como tendo sido recebidos e autorizados
no cânon da Bíblia para este propósito. Com a ajuda desta distinção tu podes ver o
teu caminho claramente através do que diz Agostinho, e do que está escrito no
Concílio provincial de Cartago.
(Sobre o último Capítulo de Ester)
Como pode ver-se, já bem dentro do século XVI eminentes eruditos católicos ainda
sustentavam, para o Antigo Testamento, a distinção entre livros Canónicos
propriamente ditos (os do cânon hebreu) e livros Eclesiásticos (num nível inferior e
portanto não canónicos em sentido estrito).
O cânon do Antigo Testamento que a Igreja Católica determinou para sua total
satisfação não somente difere do hebreu e protestante, mas é diferente do aceite
em Cartago e do admitido pelas diversas igrejas Ortodoxas orientais. A decisão
dogmática do Concílio de Trento pôs (pelo menos para os católicos) fim a esta
distinção muito razoável e sustentada pela maioria durante séculos.
Fernando D. Saraví
Mendoza-Argentina
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